Após vários anos de quebras nos volumes de procura, e pela primeira vez em
7 anos, o mercado de escritórios da Grande Lisboa começou o ano com um aumento
dos valores transacionados. De Janeiro a Março de 2014 foram fechados um total
de 63 negócios, totalizando mais de 17.000 m2 de espaços ocupados e refletindo
uma evolução positiva de mais de 40% face ao primeiro trimestre de 2013.
Os
restantes indicadores confirmam também o sentimento de maior confiança que já
se tinha verificado noutros setores do mercado imobiliário. A taxa de desocupação
situava-se em Março de 2014 nos 11,9%, descendo a barreira dos 12 % e
corrigindo 70 pontos base face a igual período do ano anterior.
Este
novo alento do mercado é também confirmado pelos valores de arrendamento. Pela
primeira vez em 4 anos verificou-se uma correção em alta da renda prime na
Grande Lisboa, que em Março de 2014 subiu 50 cêntimos face a 2013, situando-se
hoje nos 19 €/m2/mês, regressando-se desta forma a valores de Junho de 2011. O
mercado de investimento confirma também esta inversão do setor, após uma correção
das yields prime em 25 pontos base no último trimestre de 2013, a yield de
escritórios desceu 50 pontos base nos primeiros 3 meses do ano, estando hoje
nos 7%.
O
Parque das Nações foi a zona mais procurada no primeiro trimestre, com um total
de 6.500 m2 transacionados, representando cerca de 40% da procura total. O
Corredor Oeste ocupou o 2º lugar em termos de volume de procura, representando
25% da procura, com 4.500 m2 negociados.
À
exceção da Zona 2, todas as restantes subzonas da Grande Lisboa registaram reduções
na taxa de desocupação, com especial destaque para o Parque das Nações, que
corrigiu este indicador em 180 pontos base face ao último trimestre de 2013.
Segundo
Carlos Oliveira, partner e diretor do departamento de escritórios da Cushman
& Wakefield, “As perspetivas de evolução do mercado ao longo dos restantes
meses do ano são de manutenção das melhorias verificadas neste primeiro
trimestre, devendo manter-se uma evolução ligeiramente positiva da procura face
aos anos anteriores, com uma subsequente correção na taxa de desocupação do
mercado.”
Artigo publicado em blog.imobiliario.com.pt | quarta-feira, 23 de abril de 2014
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