O ano de 2013 no mercado imobiliário em Portugal foi caracterizado como
«ligeiramente menos pessimista» do que 2012, sobretudo graças a um terceiro
trimestre marcado pelo interesse de investidores estrangeiros, segundo a
APEMIP.
No último relatório do seu gabinete de estudos, referente aos primeiros
nove meses do ano, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação
Imobiliária de Portugal (APEMIP) assinalou a «entrada de um elevado número de
imigrantes em Portugal, sobretudo turistas, que olham para o mercado
imobiliário ainda como uma oportunidade de investimento».
Os incentivos para este interesse têm sido vistos gold, que impõem que a
atividade de investimento, promovida por um indivíduo ou uma sociedade seja
desenvolvida por um período mínimo de cinco anos em Portugal, prevendo-se
várias opções, em que se incluem a transferência de capital num montante igual
ou superior a um milhão de euros, a criação de pelo menos dez postos de
trabalho ou a compra de imóveis num valor mínimo de 500 mil euros.
«Num ano que é ligeiramente menos pessimista do que o anterior, o
mercado imobiliário português tentou em 2013 respirar com maior vivacidade e
reinventar-se através de novas soluções e novos agentes», resumiu o presidente
da APEMIP, Luís Lima.
O relatório indica que, entre janeiro e setembro, 45% das buscas no
portal CasaYES diziam respeito a arrendamento e que, em alguns distritos, a
busca ultrapassa os 50%, «uma tendência crescente do mercado imobiliário
português».
No arrendamento habitacional, 39% das pesquisas limitou os valores de
procura entre 300 e 500 euros e em mais de 38% os utilizadores procuraram
imóveis até aos 300 euros. Aproximadamente 14% das pesquisas procuraram casas
de 500 a 750 euros.
Tanto na procura como na oferta imobiliária, as tipologias T2 e T3 e os
apartamentos concentraram as atenções.
Quanto à venda, destacam-se os valores entre 75.000 e os 175.000 euros,
enquanto por metro quadrado a oferta residencial concentra-se entre 1.000 e
1.500 euros.
O município de Lisboa está no topo das pesquisas, registando 8,5% das
buscas para compra e 14% para arrendamento.
Na procura de moradias, Vila Nova de Gaia é o local de eleição, com 4,8%
das pesquisas efetuadas.
As pesquisas por arrendamento concentram-se maioritariamente nos
municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Para o presidente da APEMIP, Luís Lima, o «mercado imobiliário
continuou, em 2013, a refletir o diminuto poder de compra e o escasso
rendimento disponível das famílias, bem como o crescente nível de desemprego e
as restrições ao nível do financiamento bancário».
Porém, registou-se este ano «algum dinamismo quanto à captação de
investimentos estrangeiros para o setor, em parte graças ao novo quadro
legislativo que os golden visa trouxeram neste campo».
O responsável assinalou, ainda, a «subida sustentada da procura de
soluções habitacionais no mercado do arrendamento urbano, com valores
percentuais de 45% em muitos distritos».
«Apesar da procura pela compra e
venda ser maioritária, a manter-se esta tendência não o será por muito mais
tempo», previu Luís Lima.
Artigo publicado em blog.imobiliario.com.pt | segunda-feira, 23 de Dezembro de 2013
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