sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Câmara de Lisboa aprova adiamento de programa de reabilitação urbana para final de 2015

 
A Câmara de Lisboa aprovou hoje um quinto adiamento ao Programa Prioritário em Ações de Reabilitação Urbana (PIPARU) para o final de 2015, um atraso que motivou as críticas do CDS-PP e da CDU no executivo.
Os vereadores do CDS-PP e da CDU, António Carlos Monteiro e Carlos Moura, respetivamente, explicaram à Lusa que a proposta de adiamento aprovada hoje pelo executivo prevê o adiamento do PIPARU até ao final de 2015.
"Constatámos nessa quinta alteração que o prazo de execução do PIPARU seria transferido até ao final de 2015, ultrapassando largamente o mandato. Além disso, a câmara assume que escreveu uma carta ao IHRU [Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana], de quem são parceiros a pedir prorrogação do prazo do programa até 2014, mas, como não obteve resposta, decidiu até ao final de 2015", disse António Carlos Monteiro.
A proposta, segundo o vereador centrista, dá conta ainda de que a taxa de execução deste programa, a nível financeiro, se situava, no final de agosto, em 17,34%.
"É um claro sinal de incapacidade da maioria. Numa altura em que há maiores dificuldades, nomeadamente na falta de financiamento para obras, o dinheiro neste caso existe, o empréstimo foi aprovado, as verbas estão lá, mas a câmara não consegue fazer as obras", criticou.
O vereador do CDS-PP contestou ainda os argumentos dados pelo vice-presidente da câmara, Manuel Salgado, para o atraso na realização da obra: "Disse que eram procedimentos complicados, que a execução financeira é diferente da física. São tudo desculpas de mau pagador", afirmou.
Também a CDU, pela voz do vereador Carlos Moura, "criticou profundamente que haja uma derrapagem" no prazo das obras, apesar de saber que o programa estava atrasado. "Mas não com um atraso tão grande", afirmou à Lusa.
O vereador comunista criticou que Manuel Salgado tenha imputado à câmara e à assembleia municipais "as culpas" do atraso no programa, na carta enviada ao IHRU antes deste adiamento, considerando que "o executivo nunca teve capacidade de em tempo útil executar o PIPARU".
O PIPARU tem levantado críticas na oposição, nomeadamente no que diz respeito a baixas taxas de execução.
Após a reunião, privada, não se realizou o briefing que por vezes ocorre após as sessões para abordar as propostas discutidas.
 
Fonte: Lusa

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