O presidente da Associação de Municípios revelou hoje que já existe um princípio
de acordo com o Governo quanto ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI),
aceitando suportar a reavaliação dos prédios desde que a receita extraordinária
reverta para as contas camarárias.

Entre os vários
assuntos em debate, Fernando Ruas admitiu que já foi obtido um consenso quanto à
cobrança dos custos de avaliação dos imóveis, num momento em que dezena e meia
de municípios já interpuseram providências cautelares a contestar a cobrança
cega de 5% sobre as receitas.
O pagamento dos 5% constitui "um dado
objectivo que saiu em portaria" no Diário da República, mas, "se a receita é
para nós extraordinária, é justo que o pagamento dessa receita seja feito por
nós", embora a liquidação dessa verba não tenha de ser "coincidente
temporalmente". "É isto que estamos a acordar e esperemos que o documento a que
chegaremos a acordo na segunda-feira contemple esta situação", acrescentou. "Não
há dossiês fechados", mas "estou expectante" e "mais optimista" do que estava no
início dos encontros bilaterais, afirmou.
A questão do "IMI está mais
decidida", mas "estamos a tentar arranjar soluções para cumprir a Lei dos
Compromissos, pagar as dívidas e reanimar as economias locais, mas é este pacote
que está em cima da mesa e para o qual que temos de arranjar solução", disse.
Sem querer tecer mais comentários, Fernando Ruas remeteu para
segunda-feira o anúncio das conclusões da série de encontros bilaterais com o
Governo que têm estado a decorrer sobre matérias como a Lei dos Compromissos, o
IMI, as dívidas superiores a 90 dias, a nova Lei das Finanças Locais ou os
apoios do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Quanto à nova
Lei das Finanças Locais, que deverá ser anunciada em Junho, Fernando Ruas
considera-a "determinante" e pretende que "seja uma lei estável e que dê
segurança aos municípios", de modo a que seja cumprida de facto para que depois
não se mude a legislação "como quem muda de camisa".
in Negócios Online
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