segunda-feira, 15 de junho de 2015

Financiamento às famílias aumenta 20% até Abril


 
Os bancos têm vindo a abrir a "torneira" do crédito para os particulares. Nos primeiros quatro meses deste ano, emprestaram 2,7 mil milhões de euros às famílias, mais do que no período homólogo, segundo os dados do Banco de Portugal.
 
 
 
 
2.702 milhões de euros. Este foi o montante que os bancos concederam às famílias, entre Janeiro e Abril, revelam os dados publicados pelo Banco de Portugal, esta terça-feira. Este valor representa um crescimento de 20,1% face aos primeiros quatro meses do ano passado. Só no mês de Abril, as instituições financeiras emprestaram 752 milhões de euros aos particulares, mais 26% do que no mesmo mês de 2014.

Por destino de financiamento, o crédito à habitação é aquele que capta mais dinheiro. Em Abril, as instituições financeiras concederam 277 milhões de euros para a compra de casa, o que eleva para 992 milhões de euros o total dos primeiros quatro meses do ano. Os bancos têm vindo a melhorar as condições de financiamento, nomeadamente reduzindo os "spreads". Actualmente, num total de 13 instituições financeiras, seis já têm margens mínimas abaixo de 2% nos empréstimos para a compra de casa.

Para o crédito ao consumo, os bancos emprestaram 261 milhões de euros, em Abril. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o total de novas operações ascende a 965 milhões de euros, mais do que os 763 milhões de euros financiados no período homólogo.

O destino "outros fins" conseguiu 214 milhões de euros em Abril e um total de 745 milhões de euros nos primeiros quatro meses deste ano.

Já no que se refere às empresas, os bancos emprestaram 2,76 mil milhões de euros, em Abril. Deste total, 1,6 mil milhões foram canalizados para pequenas e médias empresas, enquanto os restantes 1,1 mil milhões de euros foram para grandes companhias (operações de financiamento acima de um milhão de euros).

Este total de novo crédito para as empresas fica aquém dos 2,8 mil milhões de euros emprestados no mês anterior. Entre Janeiro e Abril, os novos financiamentos para empresas ascenderam a 10,5 mil milhões de euros, menos do que os 15,2 mil milhões emprestados no mesmo período de 2014

terça-feira, 26 de maio de 2015

Sabia que Abril marca maior subida na avaliação das casas dos últimos anos ?

 
 
O valor médio da avaliação que os bancos fazem das habitações, para conceder créditos, continua a avançar. Em Abril, o impulso deu-se sobretudo nas avaliações de apartamentos. E nas realizadas em Lisboa.
Os bancos estão a avaliar as casas a preços mais elevados. É o terceiro mês de subidas nas avaliações bancárias a habitações, já distantes das fortes quedas registadas durante o período da troika.

Em Abril de 2015, o valor médio da avaliação bancária, que é calculado no âmbito da concessão de crédito à habitação, avançou mesmo a um ritmo inédito desde que há dados. Subiu 2,6% em relação ao mesmo mês do ano passado e, regressando a Janeiro de 2011, não há um avanço tão expressivo.

Segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), Abril foi o terceiro mês consecutivo de subidas na avaliação bancária, que se seguiu a um período de fortes descidas vivido até ao final de 2013 – quando a concessão de crédito deslizou devido aos constrangimentos impostos pela troika, o que obrigou a cortes nas avaliações bancárias.

Apesar do incremento em Abril de 2015, o valor médio situou-se em 1.016 euros por metro quadrado, semelhantes aos níveis verificados no Verão do ano passado.

A área metropolitana de Lisboa marcou os maiores ganhos nos valores médios de avaliação bancária, a par da região Centro. Lisboa e Algarve são as zonas em que os bancos avaliam as habitações a preços mais elevados.

Os apartamentos continuam a ter avaliações mais caras por metro quadrado do que as moradias, segundo os dados do INE.

Na análise em cadeia, a avaliação bancária média das habitações subiu 0,5% em Abril, estando há quatro meses sem decair. 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Ocupação de escritórios cresce 70% no primeiro trimestre.


 

 Apesar do crescimento na ocupação de escritórios, as rendas mantêm valores estáveis. A actividade de investimento já ascendeu aos 45 milhões neste trimestre.
O ano começou de forma positiva para o mercado de escritórios na Grande Lisboa. Entre Janeiro e Março de 2015 foram fechados 69 negócios desta tipologia, o que representa uma ocupação de perto de 30 mil metros quadrados.
 
 

 
Os dados da consultora imobiliária Cushman & Wakefield demonstram uma continuação da tendência verificada em 2014. Neste primeiro trimestre, o crescimento homólogo foi na casa dos 70%, ficando acima da média de absorção dos últimos cinco anos.

A maior operação diz respeito à ocupação de quatro mil metros quadrados no Parque Suécia, em Carnaxide, pela Worten. O segundo negócio em destaque foi a instalação em mais três mil metros quadrados pela Allianz na Avenida Defensores de Chaves.

O Corredor Oeste e Parque das Nações foram as zonas mais procuradas nos primeiros três meses do ano, tendo sido responsáveis por mais de metade da procura registada.

Ainda assim, a retoma na procura não representou uma subida nos preços do arrendamento. "As diferentes zonas do mercado registaram estabilidade nos valores de renda, ainda que seja clara uma tendência por parte dos proprietários em diminuir os incentivos concedidos aos novos ocupantes, fruto de uma procura mais dinâmica", explica a empresa em comunicado.

Já no que respeita à actividade de investimento em imóveis de escritório, foram já transaccionados cerca de 45 milhões de euros neste tipo de activos, em comparação com os oito milhões do ano passado.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Lisboa terá maior stand de sempre no Salão do Imobiliário e do Turismo Português em Paris .





 
Cidadãos franceses estão a redescobrir Lisboa.





O interesse dos cidadãos franceses e dos emigrantes portugueses a viver em França pelo imobiliário nacional parece ter vindo para ficar. Uma tendência comprovada com o interesse demonstrado pelas empresas portuguesas em participar no Salão do Imobiliário e do Turismo Português (SITP) em Paris, cuja quarta edição se realiza de 5 a 7 de junho. 
 
“O stand coletivo de Lisboa tem 108 m2, é o maior de sempre. Na edição do ano passado tinha 36 m2, ou seja, teremos quase o triplo do espaço. E para este ano está confirmada a presença de 14 parceiros”, revela ao idealista/news Rui Coelho, diretor executivo da Invest Lisboa, agência de promoção económica criada através de uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) que conta com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). 
 
Os parceiros que vão marcar presença neste stand são os seguintes: Montepio, RE/MAX, Artys interiores, Engel & Voelkers, PLMJ, 7 Adresses, Abreu Advogados, Homelovers, Infante & Riu - Portugal Real Estate, Vallespir Advogados, CCA Advogados, Quintela & Penalva, ERA Avenidas Novas, Quantico e Stay Properties.
 
De acordo com Rui Coelho, as empresas/parceiros portuguesas que queiram participar no SITP podem fazê-lo sozinhas, sem estarem integradas neste stand coletivo de Lisboa organizado pela Invest Lisboa. Correm é o risco de ter menos visibilidade: “Não tem mal nenhum, cada um terá a sua estratégia. Nós acreditamos é que ao estarem no stand de Lisboa podem criar sinergias, ter mais visibilidade e maior possibilidade de ter sucesso”. 
 
No fundo, o mais importante é que as empresas tenham sucesso e que os resultados apareçam, ou seja, que “haja mais investimento em Lisboa”, adianta o responsável.
 
Sobre o interesse dos franceses do imobiliário português, nomeadamente no de Lisboa, Rui Coelho é claro: “As expectativas para o SITP são muito positivas. Acreditamos que este movimento de investimento francês não tem só a ver com o Estatuto do Residente Não Habitual (ERNH). Mas também com uma redescoberta de Lisboa por parte dos franceses”.
 
“O ERNH pode ter ajudado a incentivar, a atrair a atenção dos franceses pelo país. Foi muito importante esse incentivo, mas as pessoas não se mudam de casa só por causa dos incentivos, tem de haver outras razões. As pessoas andam à procura de ter uma vida melhor. Os portugueses há muitos anos que mudam a sua residência fiscal para França, e agora os franceses estão à procura de uma vida melhor em Portugal. Nós só podemos estar de braços abertos”, acrescenta o diretor executivo da Invest Lisboa, frisando que a capital “quer atrair pessoas”.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Portugueses estão mais exigentes na escolha de casa.



 
Quase todas as pessoas conseguiam obter um crédito à habitação e não foi difícil vender tudo o que havia para vender em matéria de casas. Nunca o mercado imobiliário tinha vivido momentos de glória como nas duas últimas décadas do século XX e na primeira do que atravessamos agora.

Com a chegada da crise, grande parte desses potenciais proprietários deixaram de conseguir pagar os empréstimos e os bancos ficam 'atolados' com casas vazias. As vendas caíram a pique, a procura diminuiu, a oferta cresceu e fecharam-se as 'torneiras' do crédito à habitação.

Depois de um longo período de desânimo em todo o mercado, a esperança renasceu no final de 2014. As vendas começaram a subir e os bancos dão sinais de apostarem novamente no crédito à habitação. Mesmo que as garantias e o cálculo de risco sejam mais apertados, as instituições bancárias voltaram a um dos seus principais focos de negócio.

Mais cuidado na escolha

Mas qual o perfil actual dos novos proprietários portugueses? O casal António e Maria Faria, com dois filhos, depois de já terem necessidade há algum tempo de uma casa maior, esperaram uns anos. «Com a conjuntura desfavorável para a compra de uma nova habitação, decidimos aguardar, porque as economias não eram muitas e os bancos não estavam receptivos ao empréstimo, só com entradas de 50%, algo impossível para nós. O arrendamento estava fora de questão, queríamos trocar a nossa casa por uma maior e por isso não queríamos perder o que já tínhamos investido na que tínhamos», lembra o casal. Só agora a família Faria voltou à ideia procurar uma nova casa.

A principal preocupação é o local, depois a tipologia e as áreas, nunca esquecendo o preço que podem atingir. Estas são ainda, na verdade, as principais prioridades na escolha de uma casa. O que difere então no perfil dos actuais compradores? António e Maria respondem: o cuidado na escolha. «Antes, não fomos tão exigentes porque pensávamos que a casa que comprámos seria um investimento e que mais tarde poderíamos vender por um preço mais elevado e comprar outra melhor. Não pensámos que poderia ser uma âncora e que poderíamos ficar amarrados a ela durante tanto tempo. Hoje olhamos para uma casa que possa servir para a vida», explicam.

Localização e preço são essenciais para comprar

Actualmente a escolha é mais criteriosa. «Comprar uma casa é muitas vezes uma das decisões mais importantes que se tomam na vida, já que é um bem de valor elevado, que não se pode trocar todos os dias. As famílias procuram, sobretudo, cumprir um sonho de uma vida mais confortável», revela Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal. A responsável adianta ainda que a localização é um factor determinante na escolha de uma casa. As famílias portuguesas procuram muito nos locais onde já residem ou têm apoio familiar, de avós, por exemplo. Gostam de boas áreas, sobretudo na sala, mas também na cozinha. A procura pelos imóveis T3 continua a reunir a preferência.

Beatriz Rubio salienta que o valor da casa é essencial na opção da compra. «No entanto, tendo em conta que a maioria dos portugueses compra através de crédito bancário, o valor da prestação também é determinante quando se escolhe o imóvel», acrescenta.

Luís Lima, presidente da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, também concorda que a localização e o preço são os factores que mais pesam na decisão. «O preço é determinante na escolha de um imóvel. Cabe ao cliente analisar as propostas que lhe são apresentadas e avaliar os diferentes factores que interferem no valor do mesmo. Por exemplo, um imóvel no centro da cidade será mais caro do que um da periferia. Cabe ao cliente verificar o que é para si um melhor investimento», esclarece.

O perfil de procura das famílias portuguesas é muito variável, na opinião de Luís Lima. Depende da composição do agregado familiar e da faixa etária, que influenciam muito a tipologia a procurar, e da disponibilidade financeira.

Eficiência energética ainda não é uma prioridade

Quanto à construção e à eficiência energética, ainda não estão dentro das principais preocupações dos compradores. Contudo, estes são mais exigentes e Beatriz Rubio garante que os portugueses estão melhor informados, pelo que quando visitam uma casa, querem informar-se sobre os materiais utilizados e a qualidade de construção, para não terem surpresas depois. «Relativamente à certificação energética, a preocupação prende-se mais com a exigência da nova legislação do que com as reais implicações da certificação», esclarece.

Para Luís Lima a qualidade da construção é efectivamente uma das questões dos clientes. Procuram um imóvel com bons acabamentos, bem construído e que possa durar o máximo de tempo sem obras ou intervenções. «Quanto à certificação energética, eu diria que nos últimos anos se tem notado uma preocupação crescente, se bem que não é ainda factor que pese muito», esclarece.

Já a opção do arrendamento, segundo os dois responsáveis raramente faz um cliente desistir da ideia de adquirir uma casa.
 
Fonte: Sol

segunda-feira, 13 de abril de 2015

IMI: Finanças vão reavaliar valor fiscal dos imóveis em todo o país até ao verão

As Finanças estão prestes a avançar com uma grande campanha de reavaliação dos imóveis em todo o país. O objetivo é apurar o valor patrimonial tributário (VPT) exato das casas hoje em dia, a partir do zonamento e do coeficiente de localização que se utilizam para calcular o IMI. A estagnação do mercado imobiliário nacional nos últimos anos poderá favorecer os proprietários.


O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, citado pelo Jornal de Negócios, diz que "é um passo decisivo para consolidar a reforma da tributação do património urbano e ajustar efetivamente o valor patrimonial tributário dos imóveis ao real valor de mercado".

Os peritos estão já "no terreno" e a previsão é que até ao final do verão o trabalho esteja concluído. As propostas serão submetidas à Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos (CNAPU), que elaborará o mapa final de zonamento e respetivos coeficientes de localização e o submeterá a aprovação do Governo.

A ideia, de acordo com o governante, não será tanto baixar os VPT, mas fazer uma análise mais fina dos zonamentos - uma divisão do município em zonas às quais são atribuídos diferentes coeficientes - entre 0,4 e 3,5 - de acordo com critérios como as acessibilidades, transportes, equipamentos sociais ou os valores praticados no mercado imobiliário.

Proprietários terão de pedir reavaliação para beneficiar.  

Os novos coeficientes de localização, que a Autoridade Tributária e aduaneira está a rever e que deverão estar prontos a ser aplicados em 2016 ao IMI de 2015, não se vão reflectir de forma automática no VPT dos imóveis. Por outras palavras, se pretenderem beneficiar de uma eventual redução, os proprietários terão de requerer a actualização do VPT dos seus prédios.

"Os novos coeficientes de localização apenas são aplicáveis a prédios novos construídos depois da sua entrada em vigor", explicou ao Negócios fonte oficial do Ministério das Finanças. Assim, "os contribuintes que pretendam beneficiar dos novos coeficientes por referência a um prédio já avaliado, em resultado do presente processo de revisão, têm sempre o direito de requerer a actualização do VPT do referido imóvel".

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Recibos eletrónicos das rendas: Conheça as obrigações dos senhorios




Há mudanças à vista no que diz respeito às obrigações fiscais dos senhorios. A partir do próximo mês de maio passa a ser obrigatória a emissão de recibos eletrónicos de renda, em modelo oficial, das importâncias recebidas pelos seus inquilinos. Em alternativa, os senhorios podem entregar uma declaração anual modelo oficial com a discriminação desses rendimentos. O ano de 2015 traz ainda outra alteração na vida dos senhorios, pela via do Orçamento do Estado de 2015: a obrigação de comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) os contratos de arrendamento, subarrendamento e promessas, bem como das suas alterações e cessação.

A portaria que regulamenta estas novas obrigações dos senhorios já foi publicada em Diário da República. Conheça as novas obrigações legais dos senhorios.

Recibos eletrónicos obrigatórios para rendas acima dos 69,87 euros.

Os senhorios que optem pela categoria F e tenham rendimentos anuais superiores 838,44 euros anuais (duas vezes o Indexante dos Apoios Sociais), ou seja, 69,87 euros por mês, são obrigados a emitir recibo de renda eletrónico mensal pelos valores recebidos.

Ficam dispensados desta obrigação os senhorios que tenham recebido, no ano anterior, rendimentos inferiores ao valor acima referido e não tenham caixa postal eletrónica. Também estão dispensados os senhorios que, no dia 31 de dezembro do ano anterior, tenham idade superior a 65 anos. Apesar de não estarem obrigados aos recibos eletrónicos, podem optar por esta via, ficando sujeitos às regras gerais de emissão por esta via.

O preenchimento e emissão deste recibo eletrónico é feito no Portal das Finanças, seguindo os procedimentos que serão referidos no portal. O recibo de renda é emitido em duplicado, sendo que o original fica com o inquilino e o duplicado com o emitente. Os recibos eletrónicos ficam disponíveis no Portal das Finanças durante quatro anos, pelo que se quiser consultá-los, basta aceder ao ‘site’ e pode ver o histórico dos últimos dois anos.

Também é possível anular um recibo de renda eletrónico, mas para isso, o emitente terá de fazer um pedido e submetê-lo até ao fim do prazo legal da entrega do IRS. Tenha em atenção que se o recibo for anulado, são anulados os efeitos fiscais de quitação do documento, como os de suporte de encargos ou gastos.

Recibos em papel entre janeiro e maio
Uma vez que estes recibos eletrónicos só estarão disponíveis no portal da Autoridade Tributária a partir de maio, até lá, os senhorios devem manter os recibos de quitação em papel. No entanto, no mês de maio os senhorios deverão passar o recibo de quitação dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, conjuntamente com o recibo do quinto mês do ano.

Comunicação anual de rendas como alternativa

Os senhorios que continuem a passar recibos em papel – por estarem dispensados – ficam, no entanto, obrigados a entregar à AT, até ao fim de janeiro de cada ano, uma declaração modelo 44 com a discriminação dos rendimentos de categoria F do ano anterior. Esta comunicação pode ser feita através do Portal das Finanças ou então em suporte de papel, junto de qualquer serviço de Finanças. Sendo que tem 30 dias para corrigir eventuais erros impeditivos da validação da declaração.

Obrigatoriedade de comunicação de contratos

Por cada contrato de arrendamento ou subarrendamento, alterações ou cessações, deve ser apresentada uma comunicação modelo 2 à AT. Esta deve ser feita até ao fim do mês seguinte ao do início do arrendamento ou do subarrendamento, das alterações, da cessação ou, no caso de promessa, da disponibilização do bem locado, em declaração de modelo oficial. Nos casos em que haja mais do que um senhorio, a declaração pode ser apresentada apenas por um deles, com a devida identificação dos restantes proprietários.

Esta declaração deve ser entregue por transmissão eletrónica de dados no Portal das Finanças. Se houver lugar à liquidação do imposto do selo, esta será feita na sequência da submissão da declaração modelo 2. Quando este for liquidado, é emitido um documento único de cobrança que comprova o pagamento do imposto.

Fonte: Saldo Positivo CGD




quinta-feira, 9 de abril de 2015

Arrendamento jovem ( dos 18 aos 30 anos) : candidaturas ao Porta 65 arrancam no dia 17 de abril !




O primeiro período de candidaturas de 2015 ao Programa Porta 65 Jovem começa às 10 horas de dia 17 e termina às 18 horas de dia 18 de maio. Em causa está uma iniciativa que apoia o arrendamento de habitação para residência permanente, tendo como beneficiários jovens que tenham entre 18 anos e 30 anos, jovens em coabitação, jovens casais ou em união de facto.

Segundo o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), no último período de candidaturas ao Porta 65, que se realizou entre 15 de dezembro e 14 de janeiro, registou-se um aumento de cerca de 12% do número de processos aprovados com subvenção face ao período homólogo de 2013. Ou seja, fora aprovadas 1.432 candidaturas, o que representa que foram beneficiados 2.124 jovens.

“No total dos três períodos de apresentação de candidatura, que decorreu em 2014, 11.523 jovens viram as suas candidaturas aprovadas com subvenção”, revelou o IHRU.

O Programa Porta 65 Jovem tem como objectivo regular os incentivos aos jovens arrendatários, estimulando:
• Estilos de vida mais autónomos por parte de jovens sozinhos, em família ou em coabitação jovem;
• A reabilitação de áreas urbanas degradadas;
• A dinamização do mercado de arrendamento.

Este programa apoia o arrendamento de habitações para residência, atribuindo uma percentagem do valor da renda como subvenção mensal.

Apresentação do Programa.
 
O Programa Porta 65 – Jovem é um sistema de apoio financeiro ao arrendamento por jovens, isolado, constituídos em agregados ou em coabitação, regulado por um conjunto de diplomas legais.

Quem pode candidatar-se a este programa?

Jovens com idade igual ou superior a 18 anos e inferior a 30 anos (no caso de casais de jovens, um dos elementos pode ter até 32 anos) que reúnam as seguintes condições:

- sejam titulares de um contrato de arrendamento celebrado no âmbito do NRAU (Lei nº 6/2006, de 27 de Fevereiro), ou do regime transitório previsto no seu título II do capítulo I;

- não usufruam, cumulativamente, de quaisquer subsídios ou de outra forma de apoio público à habitação;

- nenhum dos jovens membros do agregado seja proprietário ou arrendatário para fins habitacionais de outro prédio ou fracção habitacional;

- nenhum dos jovens membros do agregado seja parente ou afim do senhorio.

Para mais informações sobre o programa consulte a brochura abaixo:
 
https://www.portaldahabitacao.pt/opencms/export/sites/porta65j2/pt/porta65j/docs_porta65/brochura_porta65_20101115.pdf

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Chineses continuam a apostar no imobiliário em Portugal !


Portugal foi à China para mostrar o seu imobiliário. Apesar do escândalo ligado ao programa dos vistos Gold, uma comitiva portuguesa que se deslocou a Xangai - para participar no 13.º 'Overseas Property and Investment Immigration Show' - foi surpreendida pelo elevado interesse demonstrado pelos investidores chineses no imobiliário nacional.


“Os chineses continuam, sem grandes surpresas, a ocupar o topo da lista, o que acontece desde a criação deste programa"

A Fundação AIP, com o apoio da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, organizou a missão onde estiveram integrados bancos como a Caixa Geral de Depósitos e o Millennium bcp, os empreendimentos Tróia Resort e Martinhal, e ainda empresas imobiliárias como a Century 21, Remax, RAR Imobiliária e Carpe Domus. Entre os participantes esteve também representada a Câmara Municipal de Águeda, com o seu presidente, Gil Nadais.

Escândalo dos vistos sem repercussões

Luís Lima, presidente da APEMIP confirma que se mantém o interesse dos cidadãos chineses no mercado imobiliário português. “Esta missão fez-nos confirmar que, ao contrário do que se disse, o escândalo da Operação Labirinto não teve repercussões no interesse dos cidadãos chineses pelo imobiliário português, pelo que as ilações que muitos tiraram foram precipitadas”, revelou.
Reconheceu que “poderá ter havido uma retracção, o que é natural tendo em conta o seu impacto mediático”, no entanto, “o decréscimo da procura prendeu-se essencialmente com o período em causa”.

O responsável adiantou ainda que quem trabalha com o mercado daquele país asiático sabe que nos meses que antecedem o ano novo chinês, neste caso Janeiro e Fevereiro, culturalmente os chineses evitam fazer negócios.

Atribuídos 2.088 vistos gold em Fevereiro

A comprovar este sucesso da comitiva portuguesa estão também os dados fornecidos pela APEMIP, que mostram que, até ao final de Fevereiro, foram concedidas 2.203 Autorizações de Residência para Investimento (ARI), das quais 2.088 entraram por via do requisito da aquisição de bens imóveis. Esta modalidade, que obriga ao investimento de um mínimo de 500 mil euros num imóvel, representa cerca de 95% do total dos vistos atribuídos.

Luís Lima não se revela surpreendido: “Os chineses continuam, sem grandes surpresas, a ocupar o topo da lista, o que acontece desde a criação deste programa. Já o Brasil passou a ocupar o segundo lugar, algo que eu já previa desde o ano passado, especialmente depois de uma missão que fiz a este país em que senti um interesse crescente pelo imobiliário português e pelos programas de captação de investimento que temos no país, tal como transmiti nesta mesma altura”.

O presidente da APEMIP antecipa ainda que, “daqui para a frente, o investimento brasileiro terá um crescimento acentuado”.

Fonte: Jornal SOL